A FLORISTA

Nem nos separando a liberdade

a Guilhotina dos templos nos impelira.

Me terás aos teus olhos,

sem estar perto.

Depois o olhar,

e se os campos explodissem,

de que serviriam nossos bosques

nossas flores nossos amores

e se tudo tem de ser ao menos versos que te ofertei

como aqueles cogumelos brancos

explodindo nas paredes

e meu grito na varanda...

sem tua alegria.

minha beldade jovem

mas tal sozinha em abandono.

Minhas flores quem sabe

vendo nas portas dos bares

mas isto não seja porem “nós.”

quem se ajoelha,

mas como dossel ao arco-íris no silêncio

e um sol por um instante bebado de vinho.

E até a divina platéia em devoção

para à noite,

te espero suspenso por um fio de alta tensão.

Que importa quando enfim mãos rústicas

da florista de meus sonhos

tocar a flauta magica

para mim:

"Foste tu quem És!