OVERDOSE DE AMOR
São tantas doses de beijos,
São tantos abraços com ardor.
São inúmeras palavras de desejos,
Alucinam como uma overdose de amor.
Já não sei se amo ou sou amado,
Já não sei por onde vou.
São tantos carinhos trocados,
Que já me esqueci quem sou.
De tudo que perguntares,
Eu responderei com um sim...
Por tudo que me tocares,
Irás do começo, atingir o fim.
Me perdi no infinito do teu olhar,
Os teus lábios sobrepujam meus anseios.
Embriagado, dominado, em teu altar,
Encurralado bem no meio dos teus seios.
Destemido, não peço tua clemência,
Sem sentidos, em desafio à quimera.
Vou sem raciocínio, sem consciência,
Sendo aos poucos devorado pela fera.
Já no clímax, nos francos atiçado,
Desabrochando um botão em flor.
Me refaço, suplicando enfeitiçado:
" Me dê um pouco mais do teu amor..."
Escola do poeta/RJ - 04-01-1988
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