Meu amor...,
ao dobrar dos sinos,
senti tuas mãos, aveludadas,
meigas pétalas em minha face,
como quem materializando
o sentimento perfumado em ópio,
brotando em paixão!
Leve, a noite caia,
e os lábios,
revelavam-se em segredos,
imortalizando o sentido da poesia
latente em teu olhar,
ardente em meu coração!
A lua já era testemunha
quando rabisquei tua geografia
quase infinita, em ósculos te afaguei,
em ósculos descobri minha vida,
e a sede de te beber
não só em versos, mas
deliciar-me na virtuosidade
da tua alma!
Serena,
a madrugada chegou
e com ela os mais insanos
dos amores, trazendo
todos os sabores,
todos os tremores,
tatuando nos poros,
o dileto aroma do orgasmo
sem fim!
Auber Fioravante Júnior
24/04/2009
Porto Alegre - RS