DONA DE MIM (Meu destino predileto) - Retrô

Como amo os puros e livres ares dessa prisão!

Onde as amarras a me prender, permitem passear pela ternura;

Uma cela escura em que já não me vejo, desde que perdi meu coração;

Um céu de amorosa paixão, que me brinda nos beijos de sua fervura!

Bem vinda seja a cruz de todos os calvários requeridos;

Porque imploro ao destino que jamais liberte minh'alma enclausurada;

Quero abraçar todos os grilhões, que por meus pulsos são queridos;

Estes que já não me permitem um mundo livre de minha amada!

Quão grato sou às algemas que me unem a ti;

Porque fiz um trato com cada estrela a compor o céu de teu olhar;

Que somente entrelaçado à maciez de teus cabelos, me faria existir;

E em troca lhe acresceria o brilho, pelas sílabas de meu poetar!

Porque assim sou feliz, transeunte dessa esquina sem saída;

Sinto-me preso a todas as liberdades que reservo em mim;

Quando me prendo às trancas aveludadas de tua vida;

Quando me lembra o calor de teus abraços, que és dona de mim!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 24/04/2009
Código do texto: T1557447
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