E AS ESTRELAS CHORARÃO…
No fim dos tempos
No fim do mundo
Que não é o de toda a gente
É o meu
Quando parar o coração
E a taça da paixão
Cair
No chão
Derramar o seu líquido de amor
E eu dele
Já não saber fazer
Qualquer tipo de uso…
E as estrelas chorarão…
Na altura certa
Do momento errado
Que saiba
Que não me voltarás a sorrir
Corpo escaldante
Que se revela mais frio
Do que as entranhas do universo
Que existam ou se possam imaginar
Mais gélido
Do que a minha alma
Quando souber
Que o teu bilhete
Será só de ida
Não incluirá
Um regressar…
E as estrelas chorarão…
No segundo preciso
Que parar de escrever
Para
Nunca
Jamais
Voltar
A essa escrita
Onde te louvo
Altar sagrado
Onde explano o meu amar
E me remeter ao silêncio
Decidir
Por fim envelhecer
Fechar-me ao mundo
E em circunstancia alguma
(mesmo acidental)
Te querer
Sentir
Te
Desejar
Te
Ver…
E as estrelas chorarão…