OLHOS DO AMOR (Quando te vejo, contemplo o paraíso) - Retrô
Vejo a poesia, que num belo dia cansou de ser refém do pensar;
Ela se permitiu fugir das lindas e tantas abstrações;
E decidiu em cada detalhe teu divinamente se desenhar;
Para te fazer a mais prodigiosa obra de todas as suas inspirações!!
Vejo a noite de um céu brioso, na gualhardia de teu olhar;
Ela expõe com orgulho a galeria de tuas virtudes;
Cada uma, dona de refulgentes estrelas a brilhar;
Todas destinadas às lacunas de minhas solicitudes!
Vejo a natureza aplaudindo o espetáculo de sua altivez;
Ela não consegue negar o primor de sua elevada inspiração;
Em cada gota de orvalho, afirma ao mundo que te fez;
E quando buscas meus abraços, confirma tua casa em meu coração!
Vejo o contorno do amor em cada cena onde te vejo;
São infindas as transições de minhas sucessivas realizações;
São a confirmação de que adormeço ao lado de tudo que almejo;
De que amo e sou amado pela mais linda das visões!