INSANAS  AGUAS

Insanas
As tuas águas
Morreram em minha boca
Quando fechei meus olhos
Sentindo teus caminhos e trilhas
No escuro/claro da luz fria
E ondulante
Que acetinava nossos corpos nus
Mordentes e nus
Morrentes e nus...

Insanas
As tuas mãos
Que em silencio
Desdobraram-me
Arqueando minha fantasia/fome
Rasgando a vergonha
Que te sorriu
Entre os lençóis e as horas.

Insanas
As nossas bocas que se devoraram
Bebendo a obliquidade
Das eras e a fugacidade do sonho
Ate nos adormecer
Caidos no viés
De um sempre bem querer.


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Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 23/04/2009
Reeditado em 04/08/2009
Código do texto: T1555176
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