Ficantes...
Triste opção de quem vive
passando de mão em mão.
São os ficantes da vida,
caminhos da solidão.
Por uns dias ou instantes
se entregam como troféus,
a quem nada lhes oferece
além de uma taça de fel.
Vão vivendo como errantes
sem um amor verdadeiro;
por medo de ficarem sós,
por luxúria ou dinheiro.
Depois o leito vazio,
um telefone ao seu lado,
que não chama o dia inteiro,
pois já foi abandonado.
Testemunha da desdita,
de uma vida em decadência
aonde o tempo vai passando...
Sem que o amor faça presença.
Mentes pobres mergulhadas
no desvario e na descrença,
triste, só, e desprezadas,
desamor e turbulências.
Os cabelos prateando,
a beleza se esvaindo,
a flacidez aumentando...
Sem terem nada construído.
São os ficantes da eterna melancolia
que na nostalgia, saberão um dia,
que a suprema felicidade reside no amor e alegria...
De uma Sagrada família.
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