Sombras de dúvidas

De repente encontro-me cheia de dúvidas
Entreguei-te de joelhos e mãos erguidas
Esse sonho que embalou toda a minha vida
Pedi-te que o cuidasses
numa redoma de vidro o protegesses
Que o interpretasses
e dele fizesses o que achasses
É de cristal muito fino
daquele que já não existe.
Por isso a sua fragilidade
E eu sinto que e breve se estilhaçará.
Porque este presságio se alojou em mim
Como uma premonição que me assegura
que esta sina me vai fazer reviver tudo de novo,
E então eu digo-te: que não aguentarei suportar
voltar ao passado, quando vislumbrava
uma luz de esperança.
e quase me soltava das grilhetas
da clausura deste pesadelo.

de tta
Abril/2009