Teu chamado
Teu chamado
Sinto tua voz me chamando, tão suave, tão alta e clara.
Escuto o som do meu nome,
Sendo pronunciado por sua voz.
Não sei de onde vem. Procuro-te.
Não encontro nada.
Sinto meu coração gritando a resposta ao teu chamado.
O desespero me invade a alma.
Te sinto.
Te ouço.
Não te vejo.
Fecho os olhos e vejo os teus olhos,
Negros como a noite sem lua.
Sua pele branca como as nuvens,
Seu sorriso como o sol, me ilumina e me fascina.
Sou capas de tocá-lo.
Por um momento nossos corações, mesmo a distância se beijam.
Se encontram, são felizes.
Sinto suas tristezas, suas magoas, sua alegria.
Sinto-me como uma só alma, em dois corpos.
Como meus sentimentos e os teus.
Sinto sua saudade, seu amor.
Escuto seu coração chorando, me chamando.
Mim vejo voltando e nunca consigo chegar.
Te alcançar.
Sinto tua presença, teu cheiro, o gosto de teu beijo.
Te sinto ao meu lado e não consigo te tocar.
Tua presença invisível é algo palpável, tão real,
Que sinto teus braços me envolvendo num abraço.
Te sinto me apertar.
Se fecho meus olhos te vejo, te sinto,
Tão real, que só aumenta o meu desejo.
Anseio te vê, te ter.
Nem sei quem você é.
Será que em algum lugar sente o mesmo?
Pensa em uma desconhecida e me vê, me sente.
Será que me procura nas noites frias?
Procura meu corpo para te satisfazer?
Será que olha em vários rostos, tentando reconhecer o meu sorriso?
Se minha presença invisível é algo corpóreo ao teu lado?
Se não é feliz, por sempre me procurar?
Não sei!
Só sei que onde estiver, vou te achar, amor.
Vou te encontrar, amor.
Pois posso te farejar, amor.
Com a bússola do meu coração,
Vou te encontrar, amor.