Tu, meu poema

O vento chegou,

e com ele a onda do mar

trazendo a nau,

trazendo a esperança,

a voz, a introspecção

do teu olhar, narrando em

lindas e doidas imagens,

o cálice bebido em sedução,

teu ventre, meu poema!

Minha viagem

apenas começou,

não deixando que a saudade

corroa-me, e sim me faça

criar em cada verso,

tu, em esplendor,

tu, na magia da paixão,

tua boca, beijo meu!

No céu

as vigias da noite,

embriagam o momento,

imprimindo em tuas entranhas

o brilho, a água com sabor de uva,

a pele nua, o tão somente abraço,

seguido do velo, do veio em ebulição,

tuas mãos, afagos meus!

Num passe de fantasia,

as poesias se encontraram

expressando perfumes e facetas,

construindo no amor,

um castelo de sonhos e êxtases,

figurados n’alma, no coração

nas paginas de um romance,

teu corpo, meu poema!

Auber Fioravante Júnior

21/04/2009

Porto Alegre - RS