Busco entre quatro paredes nuas
Uma forma de possuir seu amor
Fecho a porta, a janela para que a lua
Não clareie minha solidão e minha dor
Desligo de mim os sons da minha rua
Adormeço na esperança de ser sonhador

Ao mundo de Morpheu me dirijo
Levado por mãos delicadas e invisíveis
Ali construí meu forte e esconderijo
Onde palavras são ternas e sensíveis

Onde o tempo não passa, se mistura
Com a loucura que sai do coração
Onde viver é feliz desventura
Onde a aventura, se torna suave canção

Onde a poesia não tem simetria
E as palavras desconhecem a métrica
Onde o que impera é a doce harmonia
Das almas amantes, sem medos e tétricas

Não, meus amigos, ali não me envergonho
Pois envergo a espada cega dos desejos
Grito em sussurro: Ainda resta o sonho!!!!
Mas, desperto... e ao meu lado não te vejo

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"Escrever é sonhar acordado e acordar sonhando..."