Ninho de Amor

Perdem-se as horas
no passar preguiçoso
da madrugada.
Em algum lugar ,
um cômodo qualquer
ganha vida.
Hoje é apenas presente,
mas, no futuro,
será habitante da memória.
Lá dentro, dois seres
que se encontraram,
mas que sempre se procuram.
Guardados do mundo,
separados de tudo,
compartilham-se
em toques e carícias.
São lábios que querem saciar-se
em outros lábios,
é epiderme que necessita da outra.
É pedaço isolado 
que precisa de seu complemento,
realizando-se um apenas no outro.
Murmúrio de vozes;
em meio ao calor dos sentidos,
íntimas confissões
e francas promessas.
Não se sabe até onde é sonho,
até onde é realidade.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 21/04/2009
Reeditado em 26/06/2009
Código do texto: T1552289
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