Somente palavras

Tantas palavras, várias temporais

Tudo silenciava nos olhos da alma,

Um sol de marfim ternamente pálido

Dentro do peito onde morava o inverno

O tempo parou secamente embebendo-se

No seio da tarde, onde as cinzas olharam-se mudas

Talvez fosse meu corpo imenso no silencio sepulcral

Ou meus lábios que povoaram toda poesia de você...não sei

Empunhei o látego nas velhas cicatrizes

E chorei o esquecimento das canções do outono,

Os plintos de cristais nas manhas de imensidades

Selaram um nada , que teimava em nascer de novo