PAIXÃO COVARDE, ARDE!
Você deixou saudade
Mesmo sem saber
Não foi por maldade
Sei, foi sem querer
Coisa que não premedita
Absoluta crueldade
A paixão, quando grita,
Os sentidos ela invade
Sem pedir permissão
Sou, para isso, covarde!
Como tirar do coração
Esse sentimento que arde?
Tudo o que me consome,
Já tem dono, já tem nome
Perco sono, até a fome
Dou plantão ao telefone
Espero, sem saber se virá
Os dias passam – solidão!
A noite vem – escuridão
E o silêncio calará
O implícito NÃO
E o encontro esperado
Por aquele que quero
- Meu namorado –
A quem eu paquero
Não mais haverá
Um erro fatal
Não proposital
Pôs tudo a perder
O que poderia florescer
De forma descomunal
A entrega foi total
Sem medir, sem reserva
Agora, aquilo que conserva
É um prazer individual
Diferente ou igual?
Se forte é o que sente
Deixa de ser desproporcional
Esquece moralismo decente
Entregue-se ao demente imoral!