PAIXÃO COVARDE, ARDE!

Você deixou saudade

Mesmo sem saber

Não foi por maldade

Sei, foi sem querer

Coisa que não premedita

Absoluta crueldade

A paixão, quando grita,

Os sentidos ela invade

Sem pedir permissão

Sou, para isso, covarde!

Como tirar do coração

Esse sentimento que arde?

Tudo o que me consome,

Já tem dono, já tem nome

Perco sono, até a fome

Dou plantão ao telefone

Espero, sem saber se virá

Os dias passam – solidão!

A noite vem – escuridão

E o silêncio calará

O implícito NÃO

E o encontro esperado

Por aquele que quero

- Meu namorado –

A quem eu paquero

Não mais haverá

Um erro fatal

Não proposital

Pôs tudo a perder

O que poderia florescer

De forma descomunal

A entrega foi total

Sem medir, sem reserva

Agora, aquilo que conserva

É um prazer individual

Diferente ou igual?

Se forte é o que sente

Deixa de ser desproporcional

Esquece moralismo decente

Entregue-se ao demente imoral!

Patrícia Rech
Enviado por Patrícia Rech em 21/04/2009
Reeditado em 21/04/2009
Código do texto: T1551314
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