Encontro Casual
E no calar das horas,
De repente,
apenas o seu olhar.
A sua respiração
a roubar a minha.
E no profundo silêncio da noite,
O som forte
das nossas batidas cardíacas.
Desvendar dos sentidos,
O seu perfume
fazendo-se onipresente.
Na magia do seu ser
oculta-se da realidade.
Como pluma leve
fica a vagar no vento,
Fica entre o mundo real e a fantasia.
Veste-se de solidão de deusa,
Domina a tudo
no centro que é você.
Transforma-se em doce ilusão,
E já não sei se
é criadora ou criatura.
Ou, talvez,
fugaz visão apaixonada.
E esse imperceptível instante,
É como ferro em brasa
a marcar a lembrança.
Caminha e não consigo
lhe acompanhar.
Em sua proximidade
há tanta distância,
De modo que parece
estar tão presente,
Mesmo quando
se faz ausente.