A CARNE é a NOITE da ASTÚCIA
Estilhaços
caem do céu - sangue e ventania
a alma do anjo vira estátua na agonia
O cavalo pulsa serpentes
bafejando o hediondo,
querer é o abismo
a carne é a noite
da astúcia, na solidão
o grito desenha bandeira no viaduto
Eu sou o louco!
descobri nas tuas entranhas
o mapa e a magia
Venha! os meus olhos
pertencem-te ao sexo,
as latitudes da orgia teu kharma
Aonde formos
o sacerdote despe do capuz
/o sonho apodrecido
O que somos
- é pura lenda de romeiros,
amantes infindáveis pelos cemitérios românticos
Eu quero uma estrada só,
dormir embaixo da árvore
- no passado a hospedaria cujas almas
enroscam no cavalo esculpido do fogo
dos nossos amores em agonia