Meus modos...
Nascida a chuva após a nuvem morta
noutro verão findado em minha porta,
assim é o meu amor,
assim sou eu.
Sou da flor a última pétala,
a que ficou,
a que caiu.
Sou o pingo d’água que na onda passa
e que no amor permanece
e que na vida fica.
Morta a nuvem eu viro a chuva
na ânsia desmedida de qualquer inverno
ou no cálido sonho de qualquer verão sentido.