TUA FORMOSURA

Quando fitei teu corpo, ó senhora,
e vi-te enrubescer, perder a alvura
ao veres que te olhei com tal candura
a entregar-te o amor, total penhora!

Se és das mãos de Deus tão bela pintura
dizei-me, ó musa, contai sem demora,
Com'Ele deu-te o fulgor da aurora
Como Ele pôde fazer-te tão pura?

Tu és como a luz que vem da alvorada
Não há mulher que te seja rival
Não há sol ou flor, enfim... não há nada

És tu tão rara que não há igual
Tu és minha paz , és minha morada,
porta divina do amor imortal.

ARANDU, 24/03/2009