DERRAPAGEM

Em minha cama, tu derrapas
violando condutas. E escapas,
bem a léguas do teu aposento...
Por entre as brisas e o vento,
tu vens percorrendo as veredas,
dominando a pele e o pensamento.
Sem pejo, teu desejo me alucina.

Tu dominas.


Tuas pernas e teus braços
me enlaçam em descompasso,
entre os beijos e meus abraços.
Eu me desintegro... me entrego
... te acompanho ... te sigo
num vai/vem indizível.
Meu corpo te recebe e freme
,
treme/geme - fica cego.

Eu já não mais respiro
e, até o último suspiro,
sem nenhum socorro
(próximo ou possível)
 - junto a ti, eu morro.

Silvia Regina Costa Lima
23 de março de 2009



SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 18/04/2009
Reeditado em 22/04/2009
Código do texto: T1546829
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