VENCIDA
O mais...
É a carícia mutilada
De um roubado beijo
Na recusa de um gesto
Ou quase nada
No olhar incerto.
Inverso o verso
Quando me disperso
Em turbilhão a jorrar
O meu desejo.
Uma enxurrada de sonhos
Num barquinho de papel
Rodopia em torrentes
N’água pura dos meus dias.
A chuva orvalha minh’alma,
E o meu olhar enternecido
Perde-se no teu.
Vou à janela,
Vejo o vidro em vidraça
E minha imagem oscila
Na amanhã que ventila
Em tela embaçada.
E o meu rosto que o vento acaricia
Num afago do tempo,
Madurando lábios
A te pedirem beijos
Que já não recusas,
Cede ao silogismo a essa premissa:
Aos beijos que te dou,
Deste-me por vencida...
Logo me retornas na saída
A mim que já sou teu,
vens submissa.
O mais...
É a carícia mutilada
De um roubado beijo
Na recusa de um gesto
Ou quase nada
No olhar incerto.
Inverso o verso
Quando me disperso
Em turbilhão a jorrar
O meu desejo.
Uma enxurrada de sonhos
Num barquinho de papel
Rodopia em torrentes
N’água pura dos meus dias.
A chuva orvalha minh’alma,
E o meu olhar enternecido
Perde-se no teu.
Vou à janela,
Vejo o vidro em vidraça
E minha imagem oscila
Na amanhã que ventila
Em tela embaçada.
E o meu rosto que o vento acaricia
Num afago do tempo,
Madurando lábios
A te pedirem beijos
Que já não recusas,
Cede ao silogismo a essa premissa:
Aos beijos que te dou,
Deste-me por vencida...
Logo me retornas na saída
A mim que já sou teu,
vens submissa.