OCASO DO AMOR
Uma garrafa de vinho intocada, copos vazios,
vasos sem flores sobre a mesa,
a sala está fria, acabou a brincadeira?
foi-se o amor, a alegria? apagou-se a fogueira?,
o que era chama virou cinza, resíduo e poeira,
nossos olhares já não se cruzam,
não lutamos mais na mesma trincheira,
nossos corpos se recusam,
não se mordem, não se abusam,
estamos vivendo a vez derradeira,
não derreteremos mais no calor desta cúmplice lareira.