MANHÃ
Tenho apreço por ti manhã
Tão firme de mansinho sempre a chegar
Luz imponente em fúria
Em vôo livre rasante
Na fresta da janela
Avidamente a mim paquerar
Olhos aberto, um espreguiçar.
Janela aberta, manhã quero te abraçar.
Cheiro campesino, melodia de pardais.
Vejo o orvalho que acena,
Despede-se enquanto a bruma já se foi
Oh manhã
Inocência de menina que desperta para o amor
Doce pura manhã
Que inspira o poeta em seus delírios
Es mito, monstro sagrado.
E é de bom grado saber
Tu vais, fico numa saudade só.
Porém a certeza da tua volta tem
E meu sonho do novo dia não é utópico.