Calado Desejo
A lua cheia convidou
e testemunhou na imensidão
o beijo da vida, mostrando-se
como pantera, com bela,
tão somente com alma
em comunhão!
O relógio parou,
deixando o coração
trazer de dentro para fora
toda paixão, toda explosão,
todo o sentimento descrito
na lágrima, no olhar de colméia,
no encontro das áureas
em sofreguidão!
Entre a noite e a madruga,
meu poema ganhou os ventos,
d’onde entrelacei meus versos
ao teu corpo luz,
a nave que me conduz,
tua chama que me seduz!
Ao amanhecer,
me fiz mensageiro,
no café, na rosa,
no amor calado, idolatrado,
no peito nu e cru,
a fonte do meu ensejo!
Auber Fioravante Júnior
16/04/2009
Porto Alegre - RS