CHOVE MEU AMOR, NÃO PARA DE CHOVER…
(Poema baseado na música “Almost lover” da “Cantatoura” A Fine Frenzy)
A Ti
Que sabes bem quem És…
E eu não posso
Ou não consigo
Evocar toda a força dos oceanos
Que nos separam
Para que livremente
Queiras
Sem barreiras
Estar infinitamente comigo
Chove Meu Amor, não para de chover…
E que dizer dos céus?
De todos os meus sonhos
De tudo o que realizei
És uma princesa
Que devias ser Rainha
Para eu ser finalmente Rei
Chove Meu Amor, não para de chover…
E naquelas noites
Em que finto a insónia
E teimo em tarde me deitar
Crio coisas
Que só o são
Se as quiseres aceitar
Sonho acordado
Faço e derrubo Impérios
Gero Universos
Redefino uma nova realidade
Na qual
Continuas a ser
O seu Supremo Mistério
Sendo que nos interstícios
De uma chuva
Que não para de cair
Aprendi a chorar de novo
Pois não bastam todas as minhas forças
Todo um potencial escondido
Para que te rendas ao que sou
Baixes as tuas defesas
E aceites
Sem condições estar comigo
Por isso
Não perguntes
Porque vivo no futuro
Evito o presente
E não falo nunca do passado
Vê-me antes
Como um Cruzado
Na sua luta titânica
Para que um dia
Fiques
Eternamente
A meu lado
Chove Meu Amor, não para de chover…