CHOVE MEU AMOR, NÃO PARA DE CHOVER…

(Poema baseado na música “Almost lover” da “Cantatoura” A Fine Frenzy)

A Ti

Que sabes bem quem És…

E eu não posso

Ou não consigo

Evocar toda a força dos oceanos

Que nos separam

Para que livremente

Queiras

Sem barreiras

Estar infinitamente comigo

Chove Meu Amor, não para de chover…

E que dizer dos céus?

De todos os meus sonhos

De tudo o que realizei

És uma princesa

Que devias ser Rainha

Para eu ser finalmente Rei

Chove Meu Amor, não para de chover…

E naquelas noites

Em que finto a insónia

E teimo em tarde me deitar

Crio coisas

Que só o são

Se as quiseres aceitar

Sonho acordado

Faço e derrubo Impérios

Gero Universos

Redefino uma nova realidade

Na qual

Continuas a ser

O seu Supremo Mistério

Sendo que nos interstícios

De uma chuva

Que não para de cair

Aprendi a chorar de novo

Pois não bastam todas as minhas forças

Todo um potencial escondido

Para que te rendas ao que sou

Baixes as tuas defesas

E aceites

Sem condições estar comigo

Por isso

Não perguntes

Porque vivo no futuro

Evito o presente

E não falo nunca do passado

Vê-me antes

Como um Cruzado

Na sua luta titânica

Para que um dia

Fiques

Eternamente

A meu lado

Chove Meu Amor, não para de chover…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 16/04/2009
Código do texto: T1542235
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