Ilusão Perdida
Vive-se simplesmente por viver.
E viver assim pode ser agonia.
É eternidade num único dia.
Tão ruim , quanto bom.
Viver pode ser apenas não morrer,
recusando-se o próprio abandono.
Fingindo uns tantos sorrisos,
enquanto apenas foge da solidão.
Viver pode ser total desencontro,
com esperança de secreto bem.
Pode ser hora nunca marcada,
um objetivo perdido de propósito.
Viver pode ser a ilusão de ser poeta.
Doentia imagem de encantada musa.
Coração que se abate de tanto bater,
Por nada chorar, enquanto sorri.
Viver tem lá sua graça.
Tem linhas feminis a perturbar,
tem vozes distantes a falar
e tem sonhos perdidos por aí.
Viver pode ser sede saciada,
mas também árida garganta.
Suave música, cheia de harmonia,
mas também notas torturantes.
Não sei por que insistir no que é viver.
Todo pensar será um dia passado.
E tudo pensando, e a nada chegado.
Passos que andam em círculos.
De nada adianta definhar em filosofias,
pois quando o coração nada quer,
a razão se torna preguiça passiva,
e tudo que era tão bom fica ruim.
Quem sabe pela última gota...
O mórbido entardecer da vida.
E ver que a noite nunca chega
e que o dia não vai embora.
Desafiando a morte por ser tolo.
Farto da vida por ser medíocre.
Desencantado por ter tido esperança,
tendo ódio por ter ferido de amor.
E calado, mas exausto de si,
rir, então, de tolas as blasfêmias.
Arrojar-se em tantas fraquezas.
Cair por não poder suportar.
E em meio à visita da dor
zombar com toda ironia.
Fazer-se heróico Quixote
para derrotar inimigos invisíveis.
Para reconhecer toda a loucura.
Para nutrir-se de forte insanidade.
Para perder-se em tensa paixão
e se fazer louco. Louco de amor!
Vive-se simplesmente por viver.
E viver assim pode ser agonia.
É eternidade num único dia.
Tão ruim , quanto bom.
Viver pode ser apenas não morrer,
recusando-se o próprio abandono.
Fingindo uns tantos sorrisos,
enquanto apenas foge da solidão.
Viver pode ser total desencontro,
com esperança de secreto bem.
Pode ser hora nunca marcada,
um objetivo perdido de propósito.
Viver pode ser a ilusão de ser poeta.
Doentia imagem de encantada musa.
Coração que se abate de tanto bater,
Por nada chorar, enquanto sorri.
Viver tem lá sua graça.
Tem linhas feminis a perturbar,
tem vozes distantes a falar
e tem sonhos perdidos por aí.
Viver pode ser sede saciada,
mas também árida garganta.
Suave música, cheia de harmonia,
mas também notas torturantes.
Não sei por que insistir no que é viver.
Todo pensar será um dia passado.
E tudo pensando, e a nada chegado.
Passos que andam em círculos.
De nada adianta definhar em filosofias,
pois quando o coração nada quer,
a razão se torna preguiça passiva,
e tudo que era tão bom fica ruim.
Quem sabe pela última gota...
O mórbido entardecer da vida.
E ver que a noite nunca chega
e que o dia não vai embora.
Desafiando a morte por ser tolo.
Farto da vida por ser medíocre.
Desencantado por ter tido esperança,
tendo ódio por ter ferido de amor.
E calado, mas exausto de si,
rir, então, de tolas as blasfêmias.
Arrojar-se em tantas fraquezas.
Cair por não poder suportar.
E em meio à visita da dor
zombar com toda ironia.
Fazer-se heróico Quixote
para derrotar inimigos invisíveis.
Para reconhecer toda a loucura.
Para nutrir-se de forte insanidade.
Para perder-se em tensa paixão
e se fazer louco. Louco de amor!