Repentes em redondilhas - Amor
Se contando estrela vivo
só no teu céu eu me embrenho...
Sinto calor abrasivo
Na saudade te mantenho...
Mas tristeza não cultivo
E pra muito longe espanto
Esse amor definitivo
É meu viver, doce encanto...
A tristeza não me mata
É saudade que maltrata...
***
Feriado em minha rua
Agora eu vou decretar
Vou fazer brilhar a lua
Pra contigo namorar
E no céu eu vou buscar
A estrela mais bonita
Para poder te ofertar
Com alegria infinita
E vou no profundo mar
Uma estrela procurar...
***
Com orvalho... E sem juízo!
Santo Deus! É bom demais
Eu não me nego jamais
Perguntar nem é preciso...
Sem juízo amar, enfim,
É a minha vocação.
Na cachoeira...aí de mim
Eu não resisto, ó, não!
Nem precisa me chamar
Eu gosto de namorar...
***
Sou constante, nessa alcova.
Decidida e soberana
Não há nada que remova
Minha paciência tirana!
Eu não me retiro, não!
Sou verdadeira e fogosa
Insisto aqui de plantão!
Eu sou exigente e teimosa...
E não deixo nosso espaço,
Sou feliz no teu regaço!
***
Bendito aquele que chora
por grande amor que partiu...
e que teve bela aurora
Quando a sorte assim sorriu!
Triste mesmo é viver
neste mundo tão sozinho
sem nada pra reviver
sem conhecer um carinho!
Um amor vale esta vida...
Eu te afirmo comovida!
Oficina de Criações Coletivas - Repente em Redondilha Maior