O SEXTO JARDIM PROIBIDO
Não mais chorarei versos
Por garotas frívolas
Apenas vou derramá-los
Por a flor proibida
Dos jardins matinais que passo
E que vejo um jardineiro a regá-lo.
Sinto apenas algo
Não ter conhecido
A menina dos cabelos negros
Tão negros como a noite
E que os olhos eram esmeraldas
Tão verdes como as folhas
Por onde respiram as flores.
Não mais chorarei versos
Por garotas chorosas
Apenas vou derramá-los
Pelo néctar da flor proibida
Dos jardins encantados
E sinto ver
Um jardineiro a regá-lo.
Sinto apenas algo
Não ter conhecido
A menina dos cabelos negros
Tão negros como a noite
E que os olhos eram esmeraldas
Tão verdes como as folhas
Por onde respiram as flores.
Não mais chorarei versos
Por garotas inodoras
Apenas vou derramá-los
Por a flor proibida
Que tem o cheiro da fruta consumida
Por Adão e Erva no jardim encantado
Sinto ao ver um jardineiro regá-lo.
Sinto apenas algo
Não ter conhecido
A menina dos cabelos negros
Tão negros como a noite
E que os olhos eram esmeraldas
Tão verdes como as folhas
Por onde respiram as flores.
Não roubarei flores neutras
Apenas tentarei as vermelhas
Que fica no jardim por onde passo
E que sempre tem um lacaio a guardá-lo.
Os pensamentos meus serão mudados
Se conseguir conhecer a menina
Que naquelas noites meus olhos a olhava
E seus cabelos e esmeraldas
Levavam-me a mil jardins encantados.