O SEXTO JARDIM PROIBIDO

Não mais chorarei versos

Por garotas frívolas

Apenas vou derramá-los

Por a flor proibida

Dos jardins matinais que passo

E que vejo um jardineiro a regá-lo.

Sinto apenas algo

Não ter conhecido

A menina dos cabelos negros

Tão negros como a noite

E que os olhos eram esmeraldas

Tão verdes como as folhas

Por onde respiram as flores.

Não mais chorarei versos

Por garotas chorosas

Apenas vou derramá-los

Pelo néctar da flor proibida

Dos jardins encantados

E sinto ver

Um jardineiro a regá-lo.

Sinto apenas algo

Não ter conhecido

A menina dos cabelos negros

Tão negros como a noite

E que os olhos eram esmeraldas

Tão verdes como as folhas

Por onde respiram as flores.

Não mais chorarei versos

Por garotas inodoras

Apenas vou derramá-los

Por a flor proibida

Que tem o cheiro da fruta consumida

Por Adão e Erva no jardim encantado

Sinto ao ver um jardineiro regá-lo.

Sinto apenas algo

Não ter conhecido

A menina dos cabelos negros

Tão negros como a noite

E que os olhos eram esmeraldas

Tão verdes como as folhas

Por onde respiram as flores.

Não roubarei flores neutras

Apenas tentarei as vermelhas

Que fica no jardim por onde passo

E que sempre tem um lacaio a guardá-lo.

Os pensamentos meus serão mudados

Se conseguir conhecer a menina

Que naquelas noites meus olhos a olhava

E seus cabelos e esmeraldas

Levavam-me a mil jardins encantados.

Ledif
Enviado por Ledif em 15/04/2009
Código do texto: T1540246
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