AMOR...(II)
Erva-doce
No prado
Por onde nos espraiamos
Para ver a estrelas
Na noite que escolhemos para não ter fim
Perfume da Primavera Eterna
Que invade a nossa cidade
Quase opaca de natureza
Aroma que só nós sentimos
Pois estamos eternamente apaixonados
Estrela que brilha para nós
No meio de tantas outras
E que sabemos ser nossa
Pois possui o mesmo brilho
Que temos no olhar dos dois
Beijo dado
Cujo sabor se prolonga
Sem tempo nem espaço
Totalmente anónimo
Mas tesouro
Que guardamos
Como água no deserto
Noites…
Noites de afectos secretos
De intimidades iniciáticas
Embora repetidas vezes sem conta
Na grande conta que o Invisível nos fez
Na grande estrada que leva ao infinito
Sede de afectos
Nunca satisfeita
Tal como nunca te fartas
Quando te digo silenciosamente ao ouvido
“Amo-te
e até tudo desaparecer
quero ficar Contigo…”
(…Amor…)