LAGOS OSCULADOS

Caio para lagos tão-pouco emocionantes

Nos quais meus anseios desvairados de musas

Buscam sem tibieza meus queixumes

À medida que embeveço meus sonhos sem asas

Embora esteja num imbróglio carnal

Ainda trago destas geleiras certa página

Tanto quanto a minha caneta fina

Importa estes desejos ribeirinhos

No meu museu coracionista esgaravatei

Este texto amante, porém, doloroso!

Absorvi tuas lágrimas secas de impaciência

E logo mirrei teus olhos...

São lagos de lamúrias sem fúrias

Para os quais me elejo a galáctico

Pois, nestas ondas aquáticas

O céu é visto como no Atlântico

Bebo Whisky nos lagos lacrimais

E o Sol ajuda a que não me embriago

Ante ao desespero do teu âmago

Ainda que naufrague por estes anais

São lagos penetrantes por quais entro

A partir dos teus lábios sem whisky

Para que me galanteeis nestas catadupas

Enquanto afago teus alagados lábios…

Redigido a 13 de Junho de 2008 em Benguela!

Nkazevy
Enviado por Nkazevy em 13/04/2009
Reeditado em 28/04/2009
Código do texto: T1536473
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