Magia final

Magia final

Não pertenço a sonoridades perdidas.

Eis o silêncio que te entrego em belas palavras nuas,

Repartidas em sílabas e sem sinônimos.

Comunhão perfeita entre o teu recato e o meu prazer.

Venho de não ter que te explicar amores,

E me recolhes no mais simples do que é o amor.

Entro no templo de esquecer que existe tempo.

Pertenço à rebeldia de recusar antigos sonhos,

Recostando em teus lábios todos os meus beijos.

Desfilo assim, em cortejo de belos pássaros, crianças e flores.

Para espanto e retorno ao mais belo que te entrego,

Com toda a magia e ternura do encontro final.

Jaak Bosmans 28-03-09