Fêmea em quimeras de impudica aquarela! (Rondó dobrado)

Fêmea em quimeras de impudica aquarela!

Intumesce o rosto pálido

Surpresa explícita e acesa

Branca era a flor sem libido

Claro estava, perdera os sentidos

Virginal em leito proibido

Sem véu e na dura incerteza

Abriu as pétalas do vestido

Os botões em casas – pureza –

Cortejada, bobagens aos ouvidos

Estribilhos sem qualquer realeza

Vulgarizavam, eram os gemidos

Prazeres ali estavam a serem vividos

Corpos em choque, escondidos

Na alcova de sutil beleza

Apetecida, a inocência havia morrido

Como o sol no adeus á natureza

Deixara de ser lua, a princesa

Era agora fruto amadurecido

Conhecera o tato, a esperteza

O nu artístico lhe havia sorrido

Os dentes brancos em delicadeza

Projetara a boca indefesa

A mordiscar com certa destreza

Pontos macios e preferidos...

Fêmea em quimeras de impudica aquarela!