CARTA AO LUAR

Lua, tu és a única que hoje vens

Ser da minha solidão testemunha

Mas teu silêncio é como um desdém

Diga-me uma palavra, ao menos uma...

Tu que estás acima da humanidade

E conheces minha triste condição

Revela o crime que este ser covarde

Cometeu para estar nesta prisão!

Quanto tenho que te suplicar antes

De escutar essa desejada resposta?

Por que para mim deixas de ser brilhante

E oculta-te, mostrando a face oposta?

Enfim consigo ouvi-la, nobre amiga!

Mas que dizes?... Não posso acreditar!...

Conserva teu silêncio e não digas

Que sofro porque não soube amar!

Lúcia Nascimento
Enviado por Lúcia Nascimento em 11/04/2009
Código do texto: T1534393
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