CARTA AO LUAR
Lua, tu és a única que hoje vens
Ser da minha solidão testemunha
Mas teu silêncio é como um desdém
Diga-me uma palavra, ao menos uma...
Tu que estás acima da humanidade
E conheces minha triste condição
Revela o crime que este ser covarde
Cometeu para estar nesta prisão!
Quanto tenho que te suplicar antes
De escutar essa desejada resposta?
Por que para mim deixas de ser brilhante
E oculta-te, mostrando a face oposta?
Enfim consigo ouvi-la, nobre amiga!
Mas que dizes?... Não posso acreditar!...
Conserva teu silêncio e não digas
Que sofro porque não soube amar!