(A pior manhã)
A MINHA PIOR MANHÃ
As árvores do meu rio, agora nuas,
Despidas pelo Inverno frio,
Estão como eu sem notícias tuas:
Desolado, triste… e sem brio.
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No mais recôndito de mim, por ti clamo
Mas só o silêncio obtenho como resposta,
Então… peço às lágrimas que derramo
Para secarem já o rio que as transporta.
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Eu não te culpo, por estar triste;
Culpo minha alma que ainda insiste
Em gravar-te mais fundo no pensamento.
Culpo-me… por estar dependente,
E de só na tua vontade ser crente
Entre tudo o que há no firmamento.