(A pior manhã)

A MINHA PIOR MANHÃ

As árvores do meu rio, agora nuas,

Despidas pelo Inverno frio,

Estão como eu sem notícias tuas:

Desolado, triste… e sem brio.

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No mais recôndito de mim, por ti clamo

Mas só o silêncio obtenho como resposta,

Então… peço às lágrimas que derramo

Para secarem já o rio que as transporta.

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Eu não te culpo, por estar triste;

Culpo minha alma que ainda insiste

Em gravar-te mais fundo no pensamento.

Culpo-me… por estar dependente,

E de só na tua vontade ser crente

Entre tudo o que há no firmamento.

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 11/04/2009
Reeditado em 07/11/2011
Código do texto: T1534275