“O Querer”

“...Te querer palavra,

Sublima a tentação de te querer carne.

Poetisa os meus desejos e sentimentos.

Expõe meus verdadeiros sentimentos,

Mas priva-me de tocar-te.

Senti-la, amar-te de plena maneira.

Escrever-te em versos é a única maneira de tocar-te,

Desnudar-te,

E ter-te.

Suas estações me inspiram a querer-te mais e mais,

No Verão te vejo coloridamente quente,

Mar,

Desejosa por sentir a brisa e amar.

Por do Sol,

Paixão.

Sua maré de março fecha seu verão e se mostras retraída num prenúncio de inverno.

Seu outono é solitário onde você interioriza suas sensações.

No inverno buscas meus sentimentos para se aquecer.

Personificas seu ser na primavera.

Exalas seus olores mostra-te viva.

Perfumas meu EU,

Minha vida,

Reinicia o ciclo que move as nossas vidas.

Os meus quereres serão sempre meus,

Seus, serão meus desejos.

Onde te querer palavra,

Só representará um verso.

Aquele que nunca poderá ser escrito,

E sim sentido.

Na carne.

Fazendo com que seus ciclos e estações se condensem em uma só.

Mulher plena.

Sem fases e após tudo consumado serena.

Descansando suas coxas na colcha de retalhos que nós costuramos.

Na cama que nós nus,

Amamos.

Sem culpa ou pena.

E a Liberdade nunca será pequena o bastante para nós dois.

E no criado mudo,

Uma pena e um papel para poetizar o depois...”

( “O Querer”, by Carlos Venttura)

Carlos S Venttura
Enviado por Carlos S Venttura em 11/04/2009
Reeditado em 29/09/2009
Código do texto: T1533641