AMANDO-TE NAS AREIAS


Meu Grande amor, onde estás?
Não deixe as correntes marítimas,
Elas levam os grãos de areias,
Conduzindo a tua imagem na praia.

O vento incessante, sopra, sopra,
Mais forte dentro dos meus sonhos,
Formam dunas e montes de amor,
Na obra-prima de tua beleza.

Nesse leito de águas correntes,
Descarregam os meus sentimentos,
Em águas claras e quão lentas,
No ritmo da nossa existência.

Perco-me na doçura do teu rio,
Afogando-me em teus beijos,
Dos mangues, mares e lagoas,
Que atravessam dentro de mim.

Amor! Estou no infinito da perdição,
Em cada miragem não te vejo,
Em cada espaço há muita solidão,
Onde estará o teu coração?

Vou escrever o teu nome nas areias,
Naquela praia desértica do amor,
Durante o dia o sol irá ler,
À noite, chamar-te-á a lua.

E tu virás ao meu encontro,
Nem o vento imutável irá soprar,
A largueza desse grande amor,
Calçado de eternidade irá abrandar,
A obra-prima de tua beleza,
Vou amar a cada noite com certeza.


D.R.A
ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 09/05/2006
Reeditado em 03/10/2011
Código do texto: T153288
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