Inversos, versos
Nada tenho dentro de tantas revoltas,
Uma utopia de esmolas sonhadas
Dentro de imensos olhos afogados
Olhos nauseabundos ,
Quimeras das liberdades ,
Desespero que se acumulam
Nas tardes, onde os grilhões
Bocejam o cheiro dos cobres zinabres,
Nada tenho!.... somente as pujantes
Estradas prolongadas, sem nada!
Onde os estercos eclodem em versos da alma
Não importa o corpo espinhado,
De cicatrizes, e pecados, nada importa!
Degluti a sensibilidade intensamente,
Poeticamente, sem cantar as enrugadas paixões,
Sem arpejos vibrando dentro da solidão,
Nem lugares de outrora, em um eldorado sem dor