PAZ
Ontem tive uma conversa reveladora que me abriu os horizontes da memória, me pacificou o passado e me deu uma enorme tranquilidade para o futuro.
Apercebi-me ontem que atravesso no presente o mais belo momento da minha existência, o mais prospero a quase todos os níveis, e ontem soube finalmente como ser Feliz, para além da carga genética, do meu sindroma, que transporto comigo e que já não é um adversário, é antes um poderoso aliado, e por isso este poema não é só de amizade, é de tranquilidade, de felicidade, duma enorme e intransmissível:
PAZ
O mundo gira
E eu estou sozinho
O mundo gira
E eu já sei
Qual o meu caminho
O Universo transforma-se
E eu aprendi a amar a vida
Como se tivesse nascido esta manhã
E este poema
É o meu primeiro grito de criança
Perante um futuro
Que encaro como se fosse a primeira vez
Com uma infinita esperança
E Eu…
Eu já não tenho medo
Matei os meus fantasmas
Estou numa espécie
De estado de graça
Pois sei quem está comigo
Sinto um Amor
Por Tudo
Que me protege
De qualquer tipo de perigo
De qualquer tipo de adversidade
Amar-te-ei para Sempre
Mas à distância
Pois essa é a marca
Das coisas
Como as coisas
Têm de ser
E a sua real importância
Pois afinal
Não perdi momentos
Como lágrimas na chuva
Ganhei alento
Pois esses momentos
São sagradas ternuras
Que verto para o papel
Lucidamente
No auge
Da minha idade madura
E feliz
Como nunca o fui
Pois estou
Apaixonado
Pela vida
Belo sentir
Que à eternidade Convida
Paz!