Métrica.
Confusão. ritmo que acelera, nada que se entenda,
Palavras soltas sem sentido, isso que eu quero.
Quero a mistura de nexos, não quero nada que me prenda.
Quero fascinio, ilusão, ardor! eu quero mistério!
Pra que sentido? pra que tanta métrica? tanto luxo?
E o sentimento? como guardá-lo numa caixa de madeira?
Como atá-lo às regras? impreterivelmente seguindo seu fluxo.
Quero um sonho que me busque, que eu jogue e me queira!
E quando rima, talves seja pra enfeitar, colorir...
Maquiagem, melodia. Mas o proprio mistério ja é em sí
Toda essa melancolia, fogo que arde, incendeia e reluz!
Por favor, estrelas, satelites, luas e coisas cadentes,
Que cabem num verso bem comportado, que eu ascendo a luz
Pra que o escuro não mostre a beleza de uma poesia feia...