À você... Musa perdida
Rebusco as glórias daqueles que foram,
num campo de batalha cruel, sangrento,
um motivo sequer, que me dê um alento,
para enfrentar a vida que se mostra despida.
Procuro no cântico do pássaro triste,
o sonoro motivo que traz a saudade
da vida minha, que já não existe,
pendida no tempo que fez passado.
Cativos sonhos que foram rendidos
pela marca do tempo, infiel existência;
presos a mim, talvez por incoerência,
passaram tão longe, pouco percebidos.
Recolho a glória que passa na vida,
de ser tão só na vida que passa,
traço a imagem que foi tão querida,
enquanto a vida, minha imagem traça.
Sou retratado, no límpido azul celeste,
na umbrosa noite sem lua.
Sou perdido de alma incerta,
um batel frustrado pelo oceano.
Mas, busco ser alguém, sou humano.
Sou teu menestrel, teu poeta.
Rebusco as glórias daqueles que foram,
num campo de batalha cruel, sangrento,
um motivo sequer, que me dê um alento,
para enfrentar a vida que se mostra despida.
Procuro no cântico do pássaro triste,
o sonoro motivo que traz a saudade
da vida minha, que já não existe,
pendida no tempo que fez passado.
Cativos sonhos que foram rendidos
pela marca do tempo, infiel existência;
presos a mim, talvez por incoerência,
passaram tão longe, pouco percebidos.
Recolho a glória que passa na vida,
de ser tão só na vida que passa,
traço a imagem que foi tão querida,
enquanto a vida, minha imagem traça.
Sou retratado, no límpido azul celeste,
na umbrosa noite sem lua.
Sou perdido de alma incerta,
um batel frustrado pelo oceano.
Mas, busco ser alguém, sou humano.
Sou teu menestrel, teu poeta.