PÁGINAS EM BRANCO...
No livro em branco
A caneta espera
Possibilidades...
Quantos segredos numa folha em branco!...
Quanta beleza...
Quanta agonia...
A folha em branco
Espera
A mão sensível
De um coração poeta
Que construa metáforas
E fale sem dizer...
Incógnitas letras...
Se “tecidos desgastados,
Identidades rebatidas,
Rompem pela vida”
O que o Poeta escreve?...
Para quem escreve?
Inscreve-se?...
Escreve-se...
Recupera a beleza da tela!
- Ou despe-te dos retalhos!...
Porque “sobrevivência”?
Vale-te da tua essência
E vive!... VIVE!...
Torna a tecer com fios de prata
Os “destinos entretecidos”
Rotos,
Ou, com fios de ouro,
Reescreve tua história!...
Tu és feito da poeira da terra
De onde Deus fez nascerem os Homens!...
Tesouro sagrado és tu!
Jamais deixará Deus “deitares o espírito"
"Nem hás de tombar morto,”
Porque és feito da semente imortal
Do próprio Deus
Que criou os Poetas;
E, estes, portanto,
Não são iguais a qualquer mortal!...
Jamais dobrarás tua cerviz
Pois foste temperado pelo fogo
De mil vidas
Que te antecederam...
E teu destino é ir altivo,
Majestoso,
Para o banquete sagrado...
Os retalhos cairão
Ou se farão novíssimos,
E um véu de Luz te cobrirá...
E continuarás escrevendo
Nas páginas em branco
A História de Amor da Humanidade,
Na qual és Iluminado...
... E destinos se entrecruzarão contigo,
Mas não desgastados
Pela mortalha da vida
Que dilacera os fios...
Terão as cores do Arco-Íris
No caleidoscópio
Dos Escolhidos...
Tua folha branca
É escrita e reescrita
Pela Luz que te move...
Teu código escrito
Em pena de ouro
Com o sumo do limão
Só será lido
Pelos escolhidos...
No livro em branco
A caneta espera
Possibilidades...
O teu destino?
- Está em tuas mãos...