O HOMEM NO SEU CASTELO
O tal das nuvens
Ou das estrelas
Onde tenta criar
A sós
Algo de Belo
Esta é a breve história
D’
O homem no seu castelo
Protegido
Nesse baluarte frio de afectos
De emoções
Que o possam desestabilizar
Ama
Procurando não o sentir
Procurando
Tal não exteriorizar
Constrói coisas
Poemas
Contos
Histórias
De amor evanescentes
De histórias
Que pertencem ao futuro
E jamais ao presente
Porque o presente
É um tempo desadequado
Não consegue viver nele
Assim como detesta
Recordar o passado
É uma mistura
Anacrónica
Entre belas recordações
E a esperança
De tempos que ainda hão-de vir
Aprendeu a fazer
Do suco das suas lágrimas
O mais portentoso sorrir
E é feliz
Não lhe resta outra alternativa
Outro caminho
Sonha com um amor
Que lhe traga paz
Que não constitua um perigo
O homem no seu castelo