Vento da esperança

Sinto que as vozes já não falam
Como antes, mas sei que a canção
Não está perdida, cantam a beleza
Real, aguçando a amarga perfídia.

Já não voam as borboletas como antes
Aparentemente de asas perfeitas
Mas de sentimentos quebrados
Sem amor, carinho, abismo das seitas.

E sobre o aluvião ressequida fendas
Abrem-se além do infinito
Envenenando as jovens tardes
Em noites de lua tão bonita.

Das emas nem o cantar distante
Já não posso ouvir, calam-se vozes
Fecham-se sorrisos, alegria
Do controvertido e incerto porvir...
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/04/2009
Reeditado em 14/04/2009
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