O AMOR EM SEGUNDO PLANO

Da mais profunda escuridão

eis que surge a luz.

Os olhos que de cima olhavam

agora também enxergam.

Um clarão se revelou rasteiro e doloroso

Mesmo supondo que lá estava o tempo todo

E realmente estava

Sinto-me posto à mesa

Como sobremesa sempre fui a lembrança

do prato principal que se come frio

servido numa travessa, a vingança

Ainda lembro daqueles olhos em lágrimas

desiludidos pela frustração

afinal, em toda a minha insignificância

era eu a última opção

Minha alma consciente espreitava a tudo

enquanto meu coração pulsava no meu ser romântico

Mas nem o sol, nem o mar, nada foi capaz

continuei sendo o arquiteto do segundo plano

Deep Blue
Enviado por Deep Blue em 07/04/2009
Reeditado em 15/12/2009
Código do texto: T1527392
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