O AMOR EM SEGUNDO PLANO
Da mais profunda escuridão
eis que surge a luz.
Os olhos que de cima olhavam
agora também enxergam.
Um clarão se revelou rasteiro e doloroso
Mesmo supondo que lá estava o tempo todo
E realmente estava
Sinto-me posto à mesa
Como sobremesa sempre fui a lembrança
do prato principal que se come frio
servido numa travessa, a vingança
Ainda lembro daqueles olhos em lágrimas
desiludidos pela frustração
afinal, em toda a minha insignificância
era eu a última opção
Minha alma consciente espreitava a tudo
enquanto meu coração pulsava no meu ser romântico
Mas nem o sol, nem o mar, nada foi capaz
continuei sendo o arquiteto do segundo plano