Vem p´ra perto


Compus poesias dolentes,
Disse da dor discretamente,
Falei do coração carente,
Proferi palavras candentes.

Tentei te sensibilizar,
De ti recebi o vazio...
Da minha ingenuidade rio.
Sei, não vais para mim voltar.

Mesmo assim, te quero perto,
Abrir a porta da ilusão,
Sentir pulsar teu coração,
Resistir a este mundo incerto.

Andar outra vez de mãos dadas,
Deitar na grama sob estrelas
E na luz do teu olhar vê-las...
Não notar da vida as guinadas.

Se de mim estivesses perto,
Seria a vida diferente.
Não ficaria certamente
Meu destino tão descoberto!


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