Ó, se a luz...
Ó, se a luz,
como cadeia de anjos difusos
me envolvesse até me tornar luz
também dos teus olhos
e do teu rosto namorado
e da carne vibrante que te faz
cadeia de anjos anelantes...
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Poeta Galega pergunta, oposta ou complementar:
«Também valeria este?»
Sem dúvida! A poesia que não é contraditória de si ou do que for, não é poesia. Portanto, vale:
«Ó, se a sombra,
»como mar de tempestades ocultas
»me envolvesse até me tornar sombra
»também nos meus olhos
»e no meu rosto namorado
»e na carne vibrante que me faz
»cadeia de sombras estuporantes...»