Desatino

Efemeramente consumou-se,

duas fotos, algumas palavras...

meu coração do ouro ao bronze

em retalhos tornara-se.

Sangrando sorvo a tarde fria

salgando o chão que bem não piso.

Convidava-me quando sorria

sozinho estou e lhe preciso.

A saudade é tanta, não imaginas

como dói a sua ausência...

procuro-a em minhas oficinas

onde móem-se

os cacos das reminiscências.

Nossos mundos unidos pressinto,

em suas passarelas só ela brilha.

Dos meus segundos não minto,

no meu desatino tratei-a por filha.

Lucianobrunelli
Enviado por Lucianobrunelli em 06/04/2009
Código do texto: T1525050
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