Inda que eu sofra

Sangra-me inóspita vontade.

Cobra de mim outro mundo,

machuca-me profundo,

mas rende-te ao meu amor.

Arranca-me o coração se for preciso

e, se para me beijar, eu tiver que cumprir castigos,

beija-me muito, beija-me tudo, beija-me lindo.

Esforços há! Sei disso!

O meu amor selvageia desejos,

pratica esforços e exercita mimos.

Sou o mais cruel e doce vilão,

um homem que conquistou teu coração

e inda sangra com o seu desamado.

Sangra-me inóspita vontade,

mas dá-me amor de verdade,

mesmo que eu sofra e chore e ame.