Qsidima
Fechei as portas para que ninguém me visse,
Os livros deixei de lado e desarrumados,
Não escolhi a melhor página,
E quebrando todas as superstições,
Não me importei nem com a má qualidade da pena,
Fechei meus olhos para melhor imaginá-la,
Os sentimentos, os deixei brotar,
Não escolhi pelo certo, nem pelo divino,
E quebrando todas as amarras entreguei-me.
Tranquei as portas para que ninguém me incomodasse,
Os livros larguei-os e comecei a escrever o nosso,
Não escolhi o título, como é de meu feitio,
E nem mesmo me importei com a sua idade,
Fechei meus ouvidos, calei minha boca e
Sentei sobre os livros, então, escrevi para ti,
Não escolhi as rimas, nem as estrofes,
Quebrei paradigmas e, poetizei meus sentimentos,
Não me importei com a minha vida,
Fechei novamente os olhos e pensei em ti,
Perguntei aos livros que tudo ensinam,se podia haver chance
De você entrar na minha história,
E mudando o cenário óbvio, tendo você,
Nem me importaria com o que os outros iriam dizer de mim,
Mantive as portas fechadas e abri meu coração,
Os livros queimei, cantei uma canção, não escolhi o ritmo,
Desde que fosse romântica,
Quebrei as complicações todas e só escrevi...
E nem me importei com o que iriam achar de mim.
Osmar Marques.