ÚLTIMO DOS ROMÂNTICOS

Último dos Românticos

Ao sobrepor o olhar perante sua face.

Sinto o calor de meu corpo.

Mesmo distante a ti desejar.

Irradiante perante os raios solares a ti contemplar.

Em teus doces lábios de mel.

Sorrisos ardentes como os de Rapunzel.

Eu jovem príncipe de joelhos.

Há recitar e cantar versos de amor.

A minha doce amada.

Flor de formosura.

Perfume de jasmim.

E eu um pobre querubim.

Quero amar-te e te fazer feliz.

Simplesmente sou assim.

Último dos Românticos.

Em seus pupilos olhos negros diamantes.

Arredondados, amendoados enverdecidos.

A brilhar e exalar o ar.

Das florestas negras ao entardecer.

Diante das águas dos rios do riacho de tuas lágrimas.

Quero enxugar-te e beijar-te tuas suaves e delicadas mãos.

Entregar-te-ei meu humilde coração.

Este condenado e algemado nas lanças do veneno da paixão.

Eu o último homem a entregar minha alma sedenta de amor.

Tristezas de tão grande dor.

Em teus braços morreste para o pecado.

Nos ombros e colo de teu amado.

Com o próprio veneno da maçã.

Saboreaste a doce tentação.

Do pecado da carne.

Que alimenta de desejo, amor e paixão.

Frutos de Deus jorrados pela criação.

Jura de amor fez para salvar e arrancar minha dor.

A alma desfalecida derrama litros de nitroglicerina pura.

Do sangue real do último dos românticos.

A beijar e contemplar a morte da amada.

No princípio de minhas palavras.

Falam consigo a voz da consciência.

De minha alma perdestes.

Para num futuro distante te ter.

A está contigo no paraíso dos seus.

A jurar amores de meu sangue derramado junto ao seu.

(Douglas Paiva)

Douglas Paiva
Enviado por Douglas Paiva em 05/04/2009
Código do texto: T1524758
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.