ÚLTIMO DOS ROMÂNTICOS
Último dos Românticos
Ao sobrepor o olhar perante sua face.
Sinto o calor de meu corpo.
Mesmo distante a ti desejar.
Irradiante perante os raios solares a ti contemplar.
Em teus doces lábios de mel.
Sorrisos ardentes como os de Rapunzel.
Eu jovem príncipe de joelhos.
Há recitar e cantar versos de amor.
A minha doce amada.
Flor de formosura.
Perfume de jasmim.
E eu um pobre querubim.
Quero amar-te e te fazer feliz.
Simplesmente sou assim.
Último dos Românticos.
Em seus pupilos olhos negros diamantes.
Arredondados, amendoados enverdecidos.
A brilhar e exalar o ar.
Das florestas negras ao entardecer.
Diante das águas dos rios do riacho de tuas lágrimas.
Quero enxugar-te e beijar-te tuas suaves e delicadas mãos.
Entregar-te-ei meu humilde coração.
Este condenado e algemado nas lanças do veneno da paixão.
Eu o último homem a entregar minha alma sedenta de amor.
Tristezas de tão grande dor.
Em teus braços morreste para o pecado.
Nos ombros e colo de teu amado.
Com o próprio veneno da maçã.
Saboreaste a doce tentação.
Do pecado da carne.
Que alimenta de desejo, amor e paixão.
Frutos de Deus jorrados pela criação.
Jura de amor fez para salvar e arrancar minha dor.
A alma desfalecida derrama litros de nitroglicerina pura.
Do sangue real do último dos românticos.
A beijar e contemplar a morte da amada.
No princípio de minhas palavras.
Falam consigo a voz da consciência.
De minha alma perdestes.
Para num futuro distante te ter.
A está contigo no paraíso dos seus.
A jurar amores de meu sangue derramado junto ao seu.
(Douglas Paiva)